Era 15 de Abril e o sol recebeu-nos esplendoroso na Guarda. Um grupo bem-disposto e cheio de energia ansiava pelo objectivo da viagem: os Passadiços do Mondego.
E no dia seguinte lá nos levantámos cedo para o pequeno-almoço e rumámos a Videmonte para dar início a uma caminhada de cerca de 12 km até à Barragem do Caldeirão.
Passo a passo, ao longo do Mondego e seus afluentes, percorremos trilhos, passadiços de madeira, pontes suspensas, escadas que descem e que sobem e nos levam por uma natureza luxuriante onde o murmúrio das águas que correm sobre as pedras e o chilrear dos pássaros escondidos nas árvores nos transmitem uma sensação de paz e tranquilidade – mas a história daquelas terras também não nos deixa indiferentes:
As ruínas dos moinhos que moíam os cereais “falam-nos” do pão cozido em Videmonte, nos fornos comunitários ainda activos, e que dá origem a um festival todos os anos;
O açude do Pateiro e a Central Hidroeléctrica do mesmo nome, de finais do século XIX, são responsáveis por fazer da Guarda uma das primeiras cidades a ter uma rede de iluminação eléctrica pública;
A ponte medieval da Mizarela, que liga, sobre o Mondego, a localidade do mesmo nome e a de Pêro Soares;
Vestígios de unidades fabris dedicadas à indústria têxtil e produção do conhecido cobertor de papa.
E assim foi este passeio, onde respirámos ar puro, apreciámos o esplendor da natureza e enriquecemos o nosso conhecimento, terminando com um animado almoço antes do regresso ao Porto.
Por Assunção Lopes, 14-08-2023
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