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Porto - Fátima - 8.ª etapa
Alvorge / Fárrio

Esta era para ser a etapa, onde está o sorriso da Catarina, mas mudou de nome logo a seguir.
Um belo dia de primavera, bem cinzentão ou não fosse dia 1 de abril, até parecia mentira, e de facto foi um dia no mínimo... diferente.
Para tentar alegrar esta etapa que prometia uma boa dose de chuva regressamos ao Continente de Condeixa, na ânsia de rever a Catarina e o seu sorriso que ninguém terá visto na etapa anterior, e não estava, diziam as más línguas que tinha mudado de actividade, para não correr o risco de apanhar outro autocarro logo pela manhã.

Pequeno almoço tomado, e há que retomar a viagem de autocarro, ao passarmos pelo Rabaçal, já havia quem tivesse vontade de comer um naco de queijo, mas determinados, continuamos rumo a Alvorge, ponto de partida para esta etapa.
Logo de início, muitos foram os que olharam para a derradeira subida que tiveram de fazer na última etapa, em especial alguém que terá comprado quase todo o stock de queijos do Rabaçal.

Por volta das 10.00h, iniciámos a nossa aventura rumo a um sítio qualquer que acabamos por não descobrir, por entre agradáveis caminhos rurais e de repente soam os alarmes… alguém perdeu a mulher pelo caminho, ou o caminho perdeu o homem, ou qualquer coisa do género.
Felizmente era o espírito do dia 1 de abril a reinar, e logo o alarme foi desligado e retomamos a nossa viagem sem sobressaltos até Ansião, na nossa rota Carmelita.

Apesar de ainda ser cedo, resolvemos parar e almoçar semi resguardados da chuva que já nos acompanhava na viagem. E Ansião, foi de facto o ponto de viragem desta etapa, que de uma peregrinação se transformou numa aventura do tipo onde está o Wally, ou melhor o Bofinho.
Após termos ficado a conhecer metade de Ansião, retornamos aos caminhos rurais, e às margens do enigmático rio Nabão, onde surgiu a lenda de dois cavalos, no meio do caminho.

Corajosamente, entre lama, cavalos, rios sem água e água quanto baste cabeça abaixo chegamos ao restaurante “O Regional”, onde fomos agradavelmente recebidos, com uma ida à casa de banho só com menu completo e pagamento adiantado.
Parte do grupo para outra parte em busca do Wally, desculpem Bofinho, cuja distância parecia aumentar a cada passo dado, e com a chuva a aumentar como o Carago… nome original de uma rua que a caravana atravessou, até que numa encruzilhada, tudo parou, quer dizer a chuva não parou, aumentou.

Felizmente tínhamos um ótimo abrigo, ou não.

E aqui ninguém sabia onde estava, nem o autocarro nos conseguia encontrar, até que finalmente do nada por entre o diluvio surge o desejado autocarro algures em Pereiro, entre a Cumeada e Albergaria dos Doze, mas sem qualquer noção do famoso Bofinho.

Mas como os lamentos de nada valem, depois de estarmos de regresso, e algumas cenas de quase strip, mesmo sem música a acompanhar, reinou a boa disposição e as palmas para os heróis do dia, todos nós, e inclusive para a Catarina.

Por resolver o milagre que hoje será revelado, Bofinho existirá no nosso caminho?

Viva a boa disposição e capacidade de resiliência do grupo.

Por João Magalhães, 16-06-2023




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