Foi com a bênção de São Gonçalo que partimos do Porto em direcção ao centro da cidade de Amarante e nos dirigimos para o ponto de partida do percurso da Ecopista do Tâmega, que se situa a poucos metros do edifício da antiga estação de caminhos-de-ferro.
Trata-se de uma ciclovia com 39 km de extensão, construída no traçado da antiga Linha do Tâmega, que ligava a Estação da Livração à Estação do Arco de Baúlhe, numa extensão de aproximadamente de 52 km, sendo na verdade uma das mais bonitas linhas ferroviárias do País.
A etapa que percorremos desenvolveu-se quase sempre em meio rural, com uma extensão aproximada de 16,5 km, que corresponde à sua parte mais antiga e que antecede o percurso seguinte, que se inicia bem perto de Celorico de Basto.
Ladeados por paisagens de inigualável beleza, passámos por aldeias e atravessámos diversas pontes de pedra, tendo quase sempre o rio Tâmega a acompanhar-nos de muito perto. Passámos na famosa Quinta da Meia Via, mas, como não estava o presidente não pudemos saborear o distinto vinho verde que lá é produzido.
O seu declive é pouco acentuado, atravessa as localidades de Gatão – cuja igreja está classificada como monumento nacional e em cujo cemitério se encontra sepultado o poeta e escritor Teixeira de Pascoaes –, Chapa, Codeçoso e finalmente Lourido, na qual terminámos a nossa caminhada por volta das 13.30h.
O nosso autocarro levou-nos então até ao café-restaurante Daniel em Codeçoso (ou Codessoço), no qual fomos simpaticamente recebidos e presenteados com uma refeição retemperadora.
A meio da tarde desse dia, que começou com uns aguaceiros, regressámos ao Porto bem animados e com uma grande vontade de num futuro próximo completarmos a parte restante da ecopista que liga a vila de Celorico de Basto ao Arco de Baúlhe e de contarmos com a companhia do nosso chefe de fila, o colega Reis Almeida.
Por Duarte Cardoso, 11-05-2023
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