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Via Mariana - 2ª
Crónica da 2.ª etapa

A véspera estava ameaçadora, com chuvas fortes, mas as previsões faziam-nos sentir confiantes, pois para sábado estava previsto um dia de sol. As combinações entre o São Pedro e o São Tiago já nos permitem avançar sem grandes receios.
Desta vez a nossa team leader acompanhou o grupo, e só isso traz logo uma confiança acrescida. Obviamente saímos com um ligeiro atraso, e desenganem-se os que pensam que o atraso tem relação directa com a nossa Rosa – por motivos mais ou menos evidentes não vou referir quem se atrasou, evitando desta forma as acusações de bullying.

O grupo partiu animado até porque foi necessário afinar as gargantas para cantar os parabéns, não uma, não duas, mas três vezes. Depois da cantoria foram presenteados com uns bolinhos conventuais para garantir que todos conseguiam chegar ao ponto de partida com alguma genica.
O Caldas foi ajudando com as indicações ao motorista, funcionando como um verdadeiro co-piloto e lá chegámos ao café Fonte Fria, de onde iríamos partir para esta etapa.

No café mais uma surpresa do Sr. Pinto, e às magníficas bolachinhas húngaras juntou-se um cafezinho retemperador.
Indecisões sobre local para a foto levaram-nos a optar pelo local mais seguro – a entrada do café. Novas indicações ao motorista sobre o local onde nos deveríamos encontrar por volta da hora de almoço, e lá fomos nós, confiantes em que chegaríamos ao destino e que talvez fosse possível encontrar o autocarro em Ponte da Barca.

Arrancámos rumo a Ponte da Barca e estaria tudo dito, mas claro neste grupo nada é assim simples. Infelizmente pelos locais onde fomos passando, apesar de estar sinalizado o caminho, ainda é difícil encontrar o célebre carimbo que ateste a nossa passagem; o albergue de São Pedro de Goães estava fechado, e o local onde parecia fazer sentido ser visto como ponto de partida rapidamente ficou para trás.
Bom, mas vamos ao que interessa: as marcas da chuva da véspera eram bem visíveis, e fomos passando em locais onde os estragos se notavam, quer nas estradas quer mesmo em habitações.

Para nós o tempo estava perfeito, sem chuva, com uma temperatura agradável e por isso excelente para caminhar, e lá fomos nós até Portela do Vade; para lá chegarmos, tudo tranquilo – um ou outro plano mais ou menos inclinado – e junto ao café Estrela do Vade algo que nunca imaginámos ser possível ver... o autocarro; afinal as dicas fornecidas no início tinham sido úteis, e lá estava o motorista possibilitando realizar parte do percurso em autocarro evitando uma subida que parecia ser complexa.
Depois de almoço encontramos o café Juventude, avaliando os elementos que se encontravam na esplanada. O nome implica que está interdito o acesso a pessoas com menos de 70 anos.

Pouco depois, a tal subida ameaçadora (a terceira e mais dura subida do dia), mas afinal a envolvente do caminho faz que poucos reclamem e vão só apreciando a paisagem magnífica.

Passado Aboim da Nóbrega, chegámos a Borges e encontrámos mais um dos pontos de referência do caminho: as alminhas do Dente-Santo, que, reza a lenda, protegia da raiva quem por ali passava.

Aproveitámos a passagem pela Capela de São João e fizemos uma pequena paragem para repor alguma energia fazendo um lanchinho rápido, ou seja, beber água e respirar.

A grande subida terminou uns 10 km antes do final da etapa, mas para chegarmos ao fim da subida foi necessária a visita à Capela de Nossa Senhora do Livramento, onde a nossa credencial foi fotografada de forma a informar o pároco da necessidade de ter um carimbo. Para já, só um santinho comprova a nossa passagem. Aqui optámos por não subir até ao Castelo da Nóbrega (que na realidade é um rochedo onde mais uma vez uma lenda diz que existe ouro escondido pelos romanos no que aparentam ser restos de uma torre de menagem).

Agora é sempre a descer, e se habitualmente se diz que a descer todos os santos ajudam, aqui não foi o caso: as descidas eram bastante técnicas e exigiam alguma agilidade; os bastões ajudaram, mas chegar até Ponte da Barca foi uma aventura.
Nesta zona as marcações não eram muito evidentes e foram reforçadas as indicações com setas desenhadas no chão para que ninguém se perdesse.

Chegados a Ponte da Barca, o grupo foi-se reagrupando, e uns caminheiros assentaram arraiais a beber algo fresco enquanto outros procuraram o carimbo na Pastelaria Liz. Aqui houve mais uma vez a surpresa, tendo em conta que ofereceram ao grupo uma caixa de almendrados que pareciam os melhores do mundo, porque realmente eram bons ou porque estávamos todos cansados e qualquer coisa doce sabe sempre bem. Na próxima etapa teremos oportunidade de comprovar a qualidade.

No final, e com todos já reunidos, cantou-se novamente os parabéns e comemos o bolo que atesta e confirma o 3.º aniversário.
Neste momento fizeram ainda mais falta, pelas suas vozes afinadas, as duas atletas que nesta altura já estavam a caminho de um trail nocturno: 33km não são suficientes, e é necessário fazer mais alguns para que se possa descansar convenientemente.

Subimos para o autocarro e o regresso foi feito ao ritmo de um autocarro de caminheiros cansados que desesperavam por ver o Parque das Sete Bicas.

Por Célia Soares, 1-02-2024




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