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Via Mariana – Crónica da 1.ª Etapa – Sameiro/Goães
Exigente caminhada mas com boa disposição e alegria.

Aos trinta dias do mês de Setembro de 2023, o povo junta-se, como já é habitual, no parque das Sete Bicas, pelas 7.30h da manhã. Cumprimentos para um lado, cumprimentos para o outro, apoderamo-nos dos nossos lugares (o meu é na “cozinha”), vemos caras conhecidas, caras novas e… eis que falta alguém que não costuma faltar (chegar atrasada é uma coisa, agora faltar… isso é que não)! Informam-nos que a nossa Rosinha, por motivos de força maior, não fará connosco esta primeira etapa 😢… mas que tudo correrá bem!

Lá arrancámos em direcção a Braga – Santuário do Sameiro, o nosso ponto de partida para a Via Mariana, dos Caminhos de Santiago. Estava um dia lindo de sol e estávamos prontos para os nossos primeiros 28 km, mais ou menos… sim, porque a Rosa já não se arrisca a dar números certos😜.

Como não podia deixar de ser, lá fomos nós acabar com o sossego do cafezinho do sítio, onde alguém logo pergunta se tem pão para 28!!!

Seguimos para a foto da praxe…

E, logo no início, íamos começar mal… mas nós já estamos habituados a que alguém nos guie pelos caminhos certos, que foi o que aconteceu!

Sameiro, rumo às escadas do Bom Jesus… e eis que nos deparamos com algo inesperado: uma prova dos bombeiros – “Bombeiro de Elite” – que subiram os 566 degraus, aos quais demos a maior força, com algumas palavras de incentivo, mal sabendo de como poderíamos vir a precisar de toda essa força e palavras para a nossa etapa!!! Sim, foi uma etapa muito dura, essencialmente por causa das elevadas temperaturas que se fizeram sentir (parece que chegámos a ter 38°C 😌😌😌).

Findas as ditas cujas escadas (e sapadores à parte) atravessámos a cidade de Braga rumo à Sé, à procura das novas setas indicativas para o nosso caminho – mas que me lembre, não vi nenhuma…😂.

Tempo para umas fotos com asas de anjos (nas quais a Belinha e a Manu ficaram impecáveis, tenho provas)!!!

Manter o grupo junto na cidade, não é fácil: muita gente, passadeiras, semáforos, algumas dúvidas do trajecto a seguir… mas lá conseguimos, como sempre. Carimbámos a nossa credencial, e continuámos.

Pessoalmente, o percurso urbano não me agrada e, portanto, fiquei na expectativa de mais bonitos cenários, que não tardariam a surgir.

Vila de Prado, com o seu rio e margens lindíssimos, com uma pequena praia fluvial ao longe, foi um desses cenários dignos de registo fotográfico. Na casa do povo, lia-se uma pequena mensagem das crianças:

«Lentamente as folhas caem. Carregadas pelo vento, juntam-se às demais para formar um tapete de boas-vindas ao Outono. O caminho fica enfeitado, preenchido de cores. Seja bem-vindo, Outono. Venha repleto de dias frescos, alegres e sonhadores.»

Tínhamos saímos do Porto com 20°C, e por esta altura o calor já começava a apertar! Ou seja, ninguém diria que este era um dia de Outono, bem pelo contrário, parecia que estávamos em pleno Verão nas Caraíbas!!!

Fomos fazendo pequenas paragens em zonas com sombras, mais do que é habitual, pois as elevadas temperaturas assim o “exigiam”.

Por volta do meio-dia, parámos no Parque de Merendas da Bouça de Gerides, num ambiente agradável, não fosse o barulho dos motores de carros (que não se viam) numa qualquer pista escondida para esse efeito. O calor era cada vez mais forte, começando a fazer pequenos “estragos” nos nossos caminheiros (a nossa Nandinha que o diga)!

Em breve voltaríamos ao nosso percurso, à procura de um cafezinho e de um reforço de águas (posso dizer-vos que bebi, ao todo, 4 litros).

Depois de almoço a caminhada tornou-se ainda mais custosa: pela primeira vez, começou a haver desistências 😢. Damos sempre o nosso melhor, ajudamo-nos uns aos outros, mas desta vez o calor venceu algumas pessoas (a mim inclusive, que não consegui fazer os últimos 3km 😞).

Entretanto, eram realmente mais bonitas as paisagens que nos acompanhavam, mas a dada altura começou a ser mais difícil apreciá-las, e até as fotos começaram a escassear.

Fizemos muitos quilómetros sem ver ninguém… ansiávamos por água para beber, ou até por uma mangueirada para refrescar!!! Mas nada… até que, já quase sem esperança, numa moradia se vislumbra gente, e eis que a nossa Belinha, com toda a sua sede, questiona se seria possível arranjarem-nos um pouco de água – simpaticamente, o casal disponibiliza toda a água que quiséssemos e tudo o mais que precisássemos.

E toca a caminhar mais um pouco até ao próximo café… mais um momento de descanso, mais hidratação e, infelizmente, mais alguns desistentes. Não pense quem não anda nestas vidas que não custa desistir, acreditem que – pelo menos neste grupo – isto só acontece em último recurso!

Alguns de nós, ainda que com bastante esforço, lá continuaram mais uns quilómetros. Mas, apesar do esforço, um pouco mais adiante, mais um pequeno grupo acabou também por se dar “por vencido”. Neste local, a camioneta não conseguia ir buscar-nos… valeu-nos o Jorge, moço simpático, levar-nos na sua pick-up até à estrada principal (e que aventura, não foi Celeste?!).

Chegamos então ao Café Fonte Fria (Goães) com trinta e muitos graus de temperatura, onde encontrámos o grupo dos resistentes: Marta, Joana, Manu, Belinha, Isabel, Albina, Cristina, Jacinta, Vânia, Paula e Cardoso – parabéns a vocês!!!!

E assim terminou a nossa primeira etapa. No dia 14 voltaremos ao mesmo café, onde já ficaram reservados os pequenos-almoços.

Ao S. Pedro peço que seja um pouco mais benevolente com o tempo com que nos brinda: nem muito calor, nem muita chuva⛅☀⛅!

A todos vocês, e em particular ao Grupo Desportivo do BPI, sempre tão bem representado, agradeço a oportunidade de todas estas partilhas.

Bem hajam e uma excelente caminhada para hoje, preferencialmente sem desistentes (será bom sinal).

Seguimos juntos.

Por Sónia Magalhães, 7-11-2023




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