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Porto - Fátima - 9.ª etapa
Fárrio / Vale Travesso

Cá estou a caminho da última etapa desta aventura ímpar, a ler a crónica da 9ª e penúltima fase, dos caminhos até Fátima! Depois de uma 8ª etapa atribulada, atípica e muito abençoada pela chuvinha, arrancamos nós, como habitualmente, da estação das sete bicas, criteriosamente às 7.30h da manhã. Sim, porque este grupo é muito pontual e cheio de energia logo pela matina!

O nosso motorista da camioneta, o Sr. Emílio, sempre com um sorriso e um ar simpático, lá nos levou, estrada fora, agora uma viagem mais longa, até ao ponto de partida, que seria Bofinho, não tivéssemos nós saído da rota Carmelita e desbravado novos e sinuosos trilhos até Pereiro ou Cumeada.

Entre Sol e nuvens cinzentas pela auto estrada, as nossas cabecinhas, um pouco nostálgicas por sentirem o fim próximo desta aventura, não deixavam de pensar e tentar perceber onde poderíamos fazer o nosso abastecimento do pequeno-almoço ou para outros, do simples cafezinho de arranque. No meio rural, na Vila de Abiul, encontramos um café/restaurante, de nome Toças, onde entramos confiantes e famintos, de que iriamos encontrar aquele atendimento caloroso com iguarias locais.
Esperança desvanecida, assim que percebemos que a Sra. atrás do balcão, mostrava um ar de grande perplexidade, por se sentir assoberbada em ver tanta gente e não ter o ingrediente essencial e básico, o nosso pão matinal. Eu tenho para mim que a falha foi nossa, pois à entrada do estabelecimento, existia uma placa com destaque que dizia: “Toças, frango no churrasco, Take Away”.

Barriguinha forrada, depois da fotografia da praxe, lá arrancamos, cheios de força porque o dia nos abrilhantava com um Sol radiante e uma temperatura muito agradável para seguirmos o rumo perdido, não o Wally como parafraseou o João, mas a rota das Carmelitas, que havíamos deixado algures em Bofinho, esta terra que tanto se comentou e nunca chegamos a conhecer.

Num ambiente Primaveril, onde reina a beleza divina do acordar da Natureza e do renascer do novo, concretamente as flores cheias de cor e perfume, as paisagens rurais muito verdejantes, onde a biodiversidade é marcante, observamos olivais, vinhas e até umas vaquinhas a pastar, seguimos agradavelmente por caminhos mistos, entre estradas locais e caminhos pedonais.
Ainda à procura da rota perdida, a Carmelita, à imagem do Indiana Jones, paramos em Caxarias, por volta das 12.30h porque a fomita já apertava e o calor também.

O Centro de Cultura e Desporto de Caxarias, foi o sítio escolhido para estender, metaforicamente, a toalha e saborear o caseiro almoço e para os mais audazes, beberem as tão ansiadas “Minis”.
Energias renovadas, às apalpadelas e com algumas paragens técnicas, continuamos nós incessantemente à procura do tão esperado reencontro com a Carmelita. Ora vira para a direita, ora vira para a esquerda, não havia maneira de encontrar as setas azuis ou a placa dos caminhos de Fátima, tarefa muito mais difícil de desempenhar, depois de um almoço, onde o álcool residiu e afogou a sede deste dia soalheiro e quentinho. Algures entre alcatrão e floresta, já cansados e dispersos, encontramos “a luz ao fundo do túnel”, finalmente, a nossa Carmelita.

Depois de identificado o nosso rumo, já se ouvia entre os caminhantes, o desejo e a fantasia de comer um doce e refrescante gelado, como recompensa da incansável tarefa de encontrar o destino certo. E foi em Seiça, concretamente no Fontenário, que concretizamos a tão esperada iguaria elementar, mas muito saborosa, o gelado.
E foram cerca de 5 km, sempre debaixo de Sol e em redor da Natureza, com pequenas elevações e vales, que chegamos a Vale Travesso, onde nos deparamos com a Igreja da Nª Sra. do Livramento e a nossa estimada camioneta e o afável Sr. Emílio, que tão bem nos acompanha nesta aventura.

É com nostalgia e uma grande esperança de voltar a encontrar-vos numa próxima façanha e partilha social, que fecho esta penúltima etapa.

Um bem-haja a todos e que este fim de semana corra pelo melhor e fique marcado nas nossas memórias.

Obrigada e até breve!

Por Marta Pereira, 16-06-2023




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