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Trilho do Pão e da Fé
Afinal fomos para o Soajo

Apesar do céu cinzento e da chuva prevista, pelas 8.15h, saímos do Porto para Arcos de Valdevez.

Devido às condições meteorológicas o Trilho da Lombadinha não apresentava condições de segurança. Foi-nos então proposto, em alternativa, o Trilho do Pão e da Fé no Soajo com 5,4 km, circular e de exigência moderada.

O percurso explora locais relacionados com o cultivo do milho e a feitura do pão. Por estes lados, fazia-se ainda o pastoreio e a transumância do gado.

Chegámos à Vila do Soajo pelas 10 horas e a chuva deu-nos tréguas. Rapidamente fomos subindo a serra, galgando as lajes da antiga calçada romana, tão gastas por homens e animais, durante séculos.

Os trilhos estão marcados pelo passar contínuo dos carros de bois, carregados de sacos de milho e de farinha. Por aqui passam, também os peregrinos que anualmente se deslocam à Festa da Nossa Senhora da Peneda.

Ao longo da subida, o trilho acompanha as levadas que antigamente forneciam a água aos moinhos, que aproveitam a força da água e transformam o grão em farinha. Entretanto, os moinhos foram sendo abandonados.

Alcançámos a Branda de Murço, um núcleo habitacional temporário e de lazer na primavera e verão, o ponto mais alto da nossa caminhada.
Depois foi sempre a descer com o trilho muito escorregadio, como consequência das chuvas caídas nos últimos tempos. Por isso a nossa grande atenção e cuidados redobrados.

A paisagem que íamos encontrando era deslumbrante, recompensando o esforço da descida. Foi possível ver uma das cascatas do Parque Peneda-Gerês e o serpenteado do rio Adrão, encaixado entre montes e proporcionando momentos de prazer.

Daqui até ao Soajo foi um saltinho, e aí terminámos o trilho com uma visita à eira comunitária com 24 espigueiros, todos em pedra e assentes num afloramento de granito. Alguns dos espigueiros são ainda hoje utilizados pela população. O carácter sagrado dado ao local é bem visível pelas cruzes no topo dos espigueiros classificados como “Imóvel de Interesse Público” desde 1983.

Como eram quase 14 horas e a fome já era muita, seguimos rapidamente para o restaurante Videira, onde fomos muito bem recebidos e tratados pela Carla Lage, nossa colega do balcão de Arcos de Valdevez.

Por Lurdes Teixeira, 16-05-2016




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