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A Estrada Nacional 2 (N2)
A Mítica N2, de Chaves a Faro

O plano foi percorrer a Estrada Nacional n.º 2 (N2), já apelidada de mítica.

Como alegoria no imaginário gráfico do país é um risco ao meio, considerada a terceira maior estrada nacional do mundo, cujo início se localiza na cidade transmontana de Chaves, o ponto de partida no sentido descendente, de norte para sul, de acordo com o princípio da quilometragem, com a extensão de 738 quilómetros, percorrendo 11 distritos, 4 serras, 11 rios e 35 municípios até ao seu final, na cidade algarvia de Faro, o que aconteceu de véspera através de uma deslocação prévia com saída do Porto em direcção a Chaves, onde visitámos o Forte de São Francisco, actualmente requalificado como hotel, que nos serviu de pernoita.

Prosseguimos no dia seguinte a viagem, constituída por seis etapas até ao destino programado, das quais não se relatam todos os pormenores para evitar um texto extenso, assomando em Chaves à rotunda do quilómetro zero para começar a rota EN2 em direção a Lamego. Consecutivamente as etapas foram cumpridas dia a dia, Lamego a Viseu, Viseu a Sertã, Sertã a Ponte de Sor, Ponte de Sor a Ferreira do Alentejo, e Ferreira do Alentejo a Faro, no final da rota da EN2 localizada na rotunda do quilómetro 738 desta última cidade. Por último, regresso directo às nossas procedências com paragem para a sopa da pedra da lenda do frade em Almeirim, do que se pode dizer: «Já se sabe ao que para aqui vim.»

Das etapas percorridas são de realçar algumas ocorrências: as visitas ao Palácio de Mateus em Vila Real, ao Santuário de Nossa Senhora dos Remédios e ao Núcleo Arqueológico da Porta dos Figos em Lamego, o Museu Grão Vasco em Viseu, o Museu Municipal de Tondela (região autodenominada “terras de besteiros”), o Centro Geodésico de Portugal, o Museu do Fogo e da Resina e o local do Penedo Furado em Vila de Rei, a zona ribeirinha de Ponte de Sor, o Fluviário de Mora, o divertido que foi o anúncio da ementa cantada pelo proprietário do restaurante em cima de uma mesa em Montemor-o-Novo (sem coentros – eh!, eh!), a Gruta do Escoural, o Museu do Chocalho e a Casa das Conchas em Alcáçovas, o Museu da Escrita em Almodôvar (também conhecida por terra dos sapateiros), por fim a chegada a Faro na rotunda do quilómetro 738, no cumprimento do programa, ao que se sucedeu a prevista visita ao Palácio do Visconde de Estoi, onde surpreendentemente nos foi concedida a “ordenação” com o título de “viscondes” e “viscondessas”, pois lá pernoitámos – o palácio é agora uma pousada, e já foi com estes títulos que encerrámos a jornada com um jantar acompanhado de uma sessão de fados em Almancil.

Este evento veio comprovar que a EN2 é uma boa referência para o turismo interno, também externo; tornou-se uma grande valia nas áreas da cultura, da hospedaria e da gastronomia, proporcionou um franco convívio entre colegas acompanhados(as) dos respectivos cônjuges e criou a oportunidade do reencontro de amigos, assim como a abertura a novas relações pessoais que o passado profissional ainda não havia aproximado.

Por José Silva, 9-11-2022




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