Como eu entendo perfeitamente todos aqueles que regularmente entram em competição seja qual for a modalidade que praticam, e que nestes tempos, entretanto passados, se têm visto privados de o fazer, pelas razões mais do que conhecidas. Pior ainda para aqueles que nem num tempo mais próximo sabem quando o vão fazer, como é o caso das provas de atletismo.
Na verdade, compreendo a enorme frustração de todos aqueles colegas que competem em representação do Grupo Desportivo do BPI, em modalidades que são realizadas em pavilhão – como os do futsal e os do basquetebol – e que de um dia para o outro viram canceladas as suas participações, nas quais depositavam uma enorme ambição de vitória, como é – aliás, sempre! – nosso apanágio.
Como praticante de atletismo e habituado a treinar quase todos os dias, é um pouco frustrante não poder realizar o objectivo de participar em meia dúzia de provas durante o ano. Neste momento só ainda não tenho como anulada/adiada a mítica S. Silvestre do Porto.
Sendo uma modalidade cuja prática é caracteristicamente individual e cujos resultados advêm do sacrifício e do esforço por que cada um emprega, na intensidade e na regularidade com que treina, reconheço que as provas de corrida, nos tempos mais próximos, têm desde logo à partida um grande handicap, dada a enorme dificuldade no cumprimento do distanciamento necessário entre pessoas, bem como na eventual obrigatoriedade de utilização de uma máscara durante a realização de qualquer prova cronometrada.
Desejando que dentro do espaço de tempo mais breve possível o “maldito vírus” seja controlado, também concordo que existirá sempre alguma ansiedade para que sem receios nos encontremos “numa qualquer prova bem perto de si”.
Cuidem-se todos e continuem os vossos treinos, pois o desejo da nossa Ana Pires vai no sentido de, no início do Outono, os pôr novamente a caminhar e a correr.
Saúde para todos.
Por António Cardoso, 4-07-2020
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