Todos os anos, o Dezembro traz com ele algumas festas religiosas e populares, castanhas e água-pé, mas também frio e chuva.
Em 2017 não foi bem assim. Para o Grupo Desportivo, o Dezembro oferece sempre trabalho, trabalho e mais trabalho. Em 2017, foi exactamente assim.
Mas quando chega o dia do Circo de Natal, o Dezembro oferece-nos prazer, satisfação e alegria: o prazer por constatar que, apesar de voltarmos sempre ao circo, o número de ingressos pedidos e o interesse em fazer parte da festa não diminui; a satisfação de perceber, que uma vez mais, fomos capazes de corresponder àquilo que a Exma Administração do BPI, nos pediu.
A alegria que nos é oferecida no sorriso lindo, deliciado e encantador, de todas e cada uma das crianças que de nós se abeira, a pedir uma senha para andar nos “carrosséis”, ou a pedir um balão do banco do pai ou da mãe, de modo a levarem para casa uma recordação do dia.
A magia e o encantamento do circo representam a vida como sonhamos e gostaríamos que fosse... com palhaços para divertir, mágicos para surpreender, bailarinas para trilhar com belos passos as canções de cada época.
Neste ano, o Circo Cardinalli surpreendeu com um conjunto de números que nos levou a sonhar mais longe. Trouxe a Lisboa artistas do circo de Pequim, que, patinando sobre gelo, nos foram surpreendendo e encantando com verdadeiras e maravilhosas obras de arte.
Ouvimos muitos elogios quanto à qualidade do espectáculo, mas uma reflexão de uma menina com dez anos, sobre um assunto polémico e fracturante, que divide a sociedade portuguesa, deixou-nos sem resposta.
Quando perguntámos à Maria se tinha gostado do circo ouvimos como resposta: «Adorei, mas quero dizer que tenho 10 anos, e desde que me lembro venho ao circo da mãe, e este é o primeiro ano em que não vejo os leões. Estou contente, mas vou um bocadinho triste. Ainda por cima tinha dito à minha amiga Andreia que íamos ver um leão branco.»
Para terminar, importa referir que a conferência da carta de ingresso com o cartão de sócio do Grupo Desportivo ou de colaborador do banco, foi feita de forma aleatória pelos empregados do circo. Nos cerca de 500 ingressos verificados não detectámos qualquer situação anómala.
Por Rui Duque, 2-02-2018
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