Devido às condições meteorológicas o trilho da Lombadinha não apresentava condições de segurança. Foi-nos então proposto o trilho do pão e da fé, no Soajo, com 5,4 km, circular e de exigência moderada.
Chegámos à vila do Soajo pelas 10 horas, e a chuva deu tréguas. Fomos subindo a serra, galgando as lajes da antiga calçada romana, tão gastas por homens e animais, durante séculos. Por aqui passam, também, os peregrinos que anualmente rumam à festa de Nossa Senhora da Peneda.
Alcançámos a Branda de Murço, um núcleo habitacional temporário e de lazer na Primavera e no Verão, o ponto mais alto da nossa caminhada. Depois foi sempre a descer.
A paisagem que íamos encontrando era deslumbrante. Vimos uma das cascatas do Parque de Peneda-Gerês e o serpenteado do rio Adrão, encaixado entre montes.
Até ao Soajo foi um saltinho. Terminámos com uma visita à eira comunitária com 24 espigueiros, todos de pedra e assentes num afloramento de granito. O carácter sagrado dado ao local é visível pelas cruzes no topo dos espigueiros, classificados como Imóvel de Interesse Público desde 1983.
Como eram quase 14 horas e a fome já era muita, seguimos para o Restaurante Videira, onde fomos bem recebidos e bem tratados pela Carla Lage, colega do Balcão de Arcos de Valdevez.
Por Lurdes Teixeira, 10-08-2016
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