Ser ciclista a sério por um dia! – era o mote para esta prova, e podem crer que se cumpriu na íntegra.
Em primeiro lugar, porque integrámos um pelotão com ciclistas a sério, tão a sério, que ao fim dos primeiros 30 minutos os vagarosos já iam todos sozinhos na cauda do pelotão!
Mas enquanto durou foi uma adrenalina muito especial, o facto de irmos todos juntinhos a uma grande velocidade, o frenesim é contagiante e temos mesmo de “levantar o pé” para conseguirmos ir no nosso ritmo sem atingir rapidamente o esgotamento físico.
Mais um pormenor: quando vamos no meio do pelotão, não fazemos tanto esforço a pedalar como quando vamos mais sós, é como se fizéssemos parte de um grande comboio que nos reboca!
Em segundo lugar, porque passámos na maior parte do percurso da última etapa da Volta ao Algarve, com o público já nas bermas, sobretudo nas subidas mais íngremes – em que só se viam piqueniques à beira da estrada e em que os aplausos não eram regateados nem a nós, que se via bem não sermos os “prós” de quem estavam à espera.
É uma sensação indescritível, e podem crer que nos dá uma força extra quando o corpo já pede para pararmos.
Por último, a chegada é fantástica, entramos na recta da meta, vemos o pórtico à distância com a indicação do tempo decorrido, e só dá mesmo ganas de sprintar!!!! A sério! Sentimo-nos uns craques, excepto quando olhamos para o relógio e vemos que os primeiros já acabaram há horas!
Não interessa! Somos craques na mesma.
Por Vítor Silva,25-05-2016
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