Hoje reduzida à condição ingrata de dormitório de Lisboa, a cidade de Loures, e os seus territórios envolventes, foi já destino privilegiado da nobreza portuguesa, entre os séculos XVI e XIX, que aÍ tinha muitas das suas quintas de recreio.
Da igreja matriz ao Paço do Correio-Mor, de Santo Antão do Tojal – conjunto monumental formado por palácio, igreja, aqueduto e fontanário, construído pelo primeiro patriarca de Lisboa, D. Tomás de Almeida, nos primeiros anos do século XVIII – à quinta setecentista das Carrafouchas, ressalta o mesmo ambiente (ainda) campestre mas, sobretudo, uma integridade já rara dos interiores, dos jardins, dos edifícios, que nos transportou a alguns séculos atrás e nos abriu o apetite para uma degustação de produtos locais de assinalável qualidade, a lembrar que cultura também inclui bom convívio e boa mesa.
Por Miguel Soromenho, 19-05-2014
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