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Visita a Torres Novas e Entroncamento
Uma ideia lançada em tom de graça e aí está

Uma ideia lançada em tom de graça e aí está uma visita a Torres Novas, minha Terra Natal.

Uma manhã agradavelmente fresca recebeu-nos para uma visita ao Museu Carlos Reis, onde tivemos oportunidade de ver e admirar as obras do pintor e evocar, no diálogo que se desenrolou, outras figuras da Cultura Torrejana como Maria Lamas – escritora/jornalista/activista política e feminista – e, a outro nível, a actriz Virgínia que deu nome ao Cine-Teatro. Não menos importante, o facto de 9 Aldeias do Concelho terem Banda de Música.

Uma vitalidade cultural a que poderá associar-se uma grande explosão demográfica resultante do poder comercial e industrial da então Vila de Torres Novas.

Seguidamente visitámos a belíssima Igreja da Misericórdia, com os seus belos azulejos, após o que nos dirigimos para o Castelo, que nos obsequiou com uma soberba panorâmica (práticamente de 360º) da Cidade. Já de regresso, passámos pelo painel evocativo de um herói torrejano, Gil Pais de seu nome, alcaide do Castelo e tenaz defensor do mesmo contra as arremetidas mouriscas. A “Tarambola”, junto ao açude e as carpas, terão sido as últimas imagens retidas.

Do almoço, bem servido como é hábito, ao Entroncamento foi um pulinho de tempo, não sem que antes não acontecesse um pequeno desvio a Vargos, para apreciar uma pequena capela, propriedade da Quinta (de Vargos) e descobrir uma autêntica vivência comunitária impensável no nosso século; nesse dia procedia-se à limpeza das ruas da aldeia.

E logo de seguida, o Museu Ferroviário recebe-nos. Pudemos então deleitar-nos com aquele conjunto magnífico de locomotivas, exemplares dignos da empolgante História dos transportes ferroviários e da evolução do homem. As restauradas carruagens e respectiva locomotiva do Rei D. Luís servirão (mais não fosse) para recordar esta visita.

Uma nota final. Pessoalmente, a parte mais emocionante foi a passagem pela ponte, por cima daquele novelo de carris, que me permitiu recuar muitos anos e recordar a emoção de afrontar as explosões de fumo daquelas (então) gigantescas e barulhentas máquinas que nós, miúdos, desafiávamos; agora tão quietas, tão silenciosas.

Por Carlos Rodrigues, 12-05-2014




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