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Via Mariana – crónica da 11.ª etapa
Campo Lameiro/Cuntis.

Iniciámos a viagem a bordo do nosso autocarro, e a primeira paragem, para o pequeno-almoço, efectuou-se em Valença. Nesta localidade fomos surpreendidos por uma infinidade de veículos todo-o-terreno, adicionando um toque inusitado à nossa experiência.

De regresso ao autocarro prosseguimos viagem. Já em Espanha, cantámos os parabéns, de aniversário, ao Caldas, que nos presenteou com bolo de cenoura e moscatel.

Chegados a Campo Lameiro retemperámos calorias na padaria MIPA antes de escolhermos o local ideal para a foto de grupo e dar início à tão aguardada caminhada. Pela frente esperavam-nos vinte e dois quilómetros.
Aos primeiros passos deparámo-nos com caminhos estreitos, muito íngremes, cobertos por camada de folhas e musgo, o que se tornou um bom exercício de aquecimento para o começo do dia.

Pelo caminho, os lugarejos por onde passámos revelavam a autenticidade da vida rural com as suas casas de pedra, criando uma sensação de conexão com as raízes culturais da região.

Após alguns quilómetros, tivemos a oportunidade de observar a fachada da igreja de San Mamede de Amil e do Santuário da Virgem dos Milagres de Amil, que se tornaram momentos enriquecedores. Junto deste santuário, um dos mais importantes da Galiza, retemperámos as forças aproveitando para degustar uma peça de fruta e para deixar abrandar a chuva.

Já com uns raios de sol continuámos a caminhada. A topografia do terreno apresentava subidas desafiadoras e descidas reconfortantes, ora por asfalto, ora por zonas florestais.

O tempo de almoço foi breve, dado o aparecimento da chuva, que teimava em caminhar connosco.

Prosseguimos a nossa jornada, e, mais adiante, deparámo-nos com a imponente igreja românica de San Martiño. Mais à frente passámos por Laxe e pela igreja de Santa Xusta de Moraña.

O percurso continuou por Chaián até às margens do rio Umia. À chegada deparámo-nos com uma ponte parcialmente destruída e o rio com grande caudal, forçando-nos a retroceder em busca de um novo trilho – o gasoduto.
Após várias peripécias de caminhos sem saída, encontrámos a estrada principal, que nos levou até Cuntis. Percorridos mais 2700 metros, avistámos o autocarro.

Chegados a Cuntis, uma sensação de conquista preencheu esta jornada, repleta de beleza natural, que deixa uma marca indelével na nossa memória.

Como a chuva nos acompanhou em grande parte do dia, aproveitámos para a troca de roupa, uns no autocarro e outros no café local.

Ao reunir o grupo notámos a ausência de um caminheiro que se encontrava no interior do café quando o dono se preparava para o encerrar. O presidente do Grupo Desportivo saiu do autocarro e foi em busca do elemento ausente.

Iniciámos a viagem de regresso ao Porto. Percorridos alguns quilómetros e, para recuperar forças e repor calorias, surgiram os docinhos da Marta e uma bola, encerrando assim esta jornada com um toque doce e inesperado.

Importa referir que a Via Mariana continua a revelar-se, mais do que uma simples caminhada, uma experiência enriquecedora que transcende o físico e nos toca a alma.

Por Joaquim Pinto, 15-08-2024




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