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Crónica do Minho
Quem faz 200 km, faz 300 km, e foi o que me propus fazer

A beleza do cicloturismo é precisamente essa, que com a variedade de percursos, entre aldeias e paisagens, a forma de interpretar a coisa é como quisermos, com a bicicleta que tivermos e no ritmo a que melhor nos adaptarmos.

Saindo da Delegação da Cruz Vermelha de Marinhas, base habitual, procurámos a estrada mais tranquila que nos levasse a Barcelos, primeiro posto de controlo (21km), primeiro pela N13 até Fão e seguidamente pela N205. Depois, rumo a norte, direcção Ponte de Lima pela N204, até ao Largo de Camões com o segundo controlo (51km).

Após esta primeira incursão pelo interior, regressámos ao litoral, cortando caminho para Vila Praia de Âncora, e, pela N13, até Caminha, repegando novamente um local de controlo (92km) do Alto Minho, este com uma vitrina que deixa indecisos os mais gulosos. Daqui 78km nos separam do posto de controlo mais longínquo (170km), primeiro pela N13, e, ainda antes de Vila Nova de Cerveira, tomando a Ecopista do rio Minho. Primeiro até Valença, contornando a Fortaleza pelo norte, e depois até Monção, então pela antiga via-férrea.

O troço desactivado da velhinha Linha do Minho exige especiais precauções na passagem das barreiras que disciplinam a passagem não autorizada dos veículos motorizados. Passada a terra da Coca, o percurso até S. Gregório irá ser feito pela vetusta N202, calcorreando o berço do Alvarinho, Gregório, antigo posto fronteiriço, será possivelmente o local eleito para almoçar. Alternativas, só no regresso, eventualmente em Melgaço ou mais à frente, para os mais afoitos, na Adega do Sossego, junto às Termas do Peso. Os primeiros 25km são comuns à ida.

Será em Barbeita, passada a Ponte do Mouro, que um desvio à esquerda nos levará para sul percorrendo a M504 até Merufe. Dizem que nos brevets do Minho se adicionam os metros de acumulado positivo e os troços em calçada. Más-línguas? Apenas 1200m de subida agreste, em piso suavemente atapetado por cubos de granito, que permitirão atingir a cota da N304. Novamente no percurso do Alto Minho, em sentido inverso, até à sandes de presunto que aguarda no controlo da Portela do Alvite (209km).

Subida conquistada, a partir daqui será “sempre” a descer: Sistelo, Vilela, para cruzar o rio Vez, Arcos do dito e Ponte da Barca, já na margem sul do rio Lima. Saindo da cota do rio, só se pode subir. Passagem por nova portela, sendo esta de Vade, e descida até ao posto de controlo seguinte, em Vila Verde (261km). Serão os pecados que nos aliciarão neste controlo.

Já com três quartos do percurso despachados, resta-nos voltar ao ponto de partida. Primeiro pela N305, até vila de Punhe, passando por nova portela, agora das Cabras, e depois do último carimbo (296km), pela N13 até Marinhas.

Um dia bem passado tem quentinho q.b., algumas subidas – o que originou novo baptismo em algumas localidades –, almoço em Monção e jantar em Vila Verde, partida às 6.00h da manhã das Marinhas, Esposende no dia 13 de Abril, e cheguei ao mesmo local às 23.00h, num total de 308 km; das 17 horas, 13 horas foram em cima da bicicleta. Apesar de algumas subidas, onde tive alguma dificuldade principalmente porque aconteceu na hora de mais calor, estou rendido a este tipo de eventos; neste ano já tinha participado no Caminho 200 e agora no Minho 300 – são experiências para continuar.

Por Jorge Silva, 13-08-2024




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