No dia 10 de Fevereiro nada nos demoveu na ida à descoberta dos paladares, dos cheiros, dos cantares e das danças, e das tradições das terras de Vinhais.
Saímos pela manhã, numa tranquila viagem de autocarro com o arco-íris a surgir entre o céu e as montanhas, como se nos indicasse o tesouro de que íamos à descoberta.
Numa primeira paragem – para esticar as pernas –, na bela cidade de Vila Real, não resistimos à tentação de nos deliciarmos com os tradicionais salgados e doces da Pastelaria Gomes.
Retomámos a estrada, com belas paisagens de encantar, mesmo com a chuva lá fora a fazer os verdes brilharem ainda mais, pelos seus salpicos.
Chegados a Vinhais, já se sentia no ar a agitação das gentes da terra, num corre-corre de manter a tradição e a popularidade da feira do fumeiro.
O contacto com barraquinhas e espaços bem maiores – onde tudo o que nos rodeava é tradição, onde tudo foi feito com toda a paixão transmitida de geração em geração – deixou-nos deslumbrados.
Deliciámo-nos com bons pratos tradicionais, como o cozido, a alheira, e outros mais, típicos da gastronomia da região, acompanhados por bom vinho.
Não resistimos em trazer para casa alguns dos enchidos, queijos e doçarias, para, num almoço de domingo em família, relembrarmos o belo passeio à feira do fumeiro de Vinhais, rodeado por belíssimas paisagens.
Enquanto passeávamos pelas barraquinhas, ouvimos os cantares transmontanos com músicos vestidos a preceito, pela arte de tecelões e artesãos da região.
E que belos cantares ouvimos!!!
E como faz parte da tradição, lá fomos nós, pés a caminho ver a pega dos machos, que estavam com pouca vontade de se pegarem, mas com mais vontade de estarem em tranquilidade e em paz e sossego.
Hora de voltar, mesmo querendo ficar.
Numa viagem bem serena de volta, já fatigados de vista e de pernas, sentimos que foi um dia bem passado, apesar da chuva e do frio.
Até à próxima… e que seja para breve!!!
Por Joana Alves, 12-05-2024
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