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Fiordes da Noruega e Suécia
Uma viagem que se recomenda
Como curiosidade, a Noruega é independente desde 1905, tem a língua oficial norueguesa, é uma monarquia parlamentar, de religião luterana, o actual rei é Haroldo V, ocupa cerca de 385 207 km2 de território, tem uma população de 5 425 000 pessoas, salário mínimo é 1070 euros e a sua economia assenta na exportação de petróleo e derivados, máquinas e equipamentos, madeiras, metais, produtos químicos, navios e peixe. É considerado um dos países mais desenvolvidos e ricos do mundo. Visitámos em primeiro lugar a cidade de Bergen, com 250 000 pessoas e que está cercada por 7 montanhas. É uma das cinco cidades universitárias do país onde pudemos observar as suas casas de madeira muito coloridas. Apreciámos a Igreja de Santa Maria, a Sala de Haakon, o Grieg Hall, um edifício negro em forma de piano de cauda, bem perto do colorido e pitoresco mercado de peixe onde almoçámos. Subimos no funicular ao monte Floyen, não podendo apreciar a vista por causa do nevoeiro, mas o Hossein compensou-nos com a mostra duma foto de outra viagem e que mostra uma vista admirável. Visitámos também a casa museu do compositor Edvard Grieg. Seguimos para o Hotel Stalheim, com uma bela vista, passámos por um grande túnel para Flam, viajámos de barco para Gudvangen, visitámos a cidade de Sognfjord e navegámos pelo fiorde mais bonito da Noruega – o Naeroyfjord. Em Utrendal, pequeno porto no fiorde de Sogn, provámos queijos locais e uma bela sopa. Apanhámos o comboio Flam-Myrdal-Flam e apreciámos paisagens admiráveis com muitas cascatas, e na principal assistimos à dança de uma bela moça traduzindo uma lenda em que atraía as pessoas que se perdiam na floresta e as transformava em trolls – uma figura mítica norueguesa. Acabámos o dia em Balestrand. No 4.º dia visitámos Dragsvik, cruzámos o Sognfiorde, desembarcámos em Hella e dirigimo-nos a Sogndal, passando por várias aldeias pitorescas com bosques e campos de cultivo até chegarmos a Skei, ao pé do maior glaciar do continente europeu – Jostedalsbreen – e continuámos para o impressionante glaciar de Briksdal, recorrendo a pequenas viaturas motorizadas, tendo acabado o dia num hotel de Olden. No 5.º dia embarcámos no ferry que atravessou o impressionante fiorde Geiranger até à cidade com o mesmo nome. Continuámos até ao miradouro Dalsnibba, a 1500 m de altitude com uma vista panorâmica muito bela sobre um glaciar imenso. No 6.º dia seguimos em direcção a Oslo, tomámos um coffee-break no Grotli Hoyfjellshotel, todo feito de madeira, passámos por Lom onde visitamos Stavkirke, a igreja de madeira mais antiga da Noruega – do século XII. Prosseguimos via Otta deixando a região de fiordes, caracterizada por montanhas e lagos; visitámos Lillehammer, concentração de casas de madeira com vista para o lago Mjosa e rio Lagen, cercados por montanhas. Observámos a plataforma de saltos de esqui que recebeu os Jogos Olímpicos de Inverno de 1994, e da Juventude de 2016, e acabámos em Oslo. No 7.º dia, em Oslo, visitámos o Museu Kontiki, relativo a barcos e artefactos das expedições de Thor Heyerdahl, réplica de barcos pré-colombianos utilizados para viajar e navegar à deriva com as correntes marítimas, passeámos pelo Parque Vigeland, um tesouro cultural do escultor Gustav Vigeland, com estátuas nuas de bronze e granito que retratam as fases da vida de um ser humano, do nascimento até à morte. Seguimos para a Ópera, que vimos só por fora, pelo Palácio Real e pela rua principal Karl Johan. Vimos uma vista panorâmica de Oslo na colina Holmenkollen e o famoso trampolim de saltos de esqui onde foram celebrados os Jogos Olímpicos de Inverno de 1952. Visitámos o Museu Munch, com as pinturas de Edvard Munch sendo o mais famoso quadro Grito. No 8.º dia, saímos de Oslo em direcção a Estocolmo atravessando bosques noruegueses e suecos na região de Varmland e almoçámos em Karlstad. Seguimos para Mariefred, onde admirámos o Castelo de Gripsholm (do século XVI), e no trajecto para Estocolmo observámos a paisagem que alterna imensos bosques verdes com límpidos lagos. No 9.º dia, visita a Estocolmo, considerada uma das capitais mais bonitas do mundo, construída sobre 14 ilhas do arquipélago de Estocolmo com aproximadamente 24 000 ilhas, com paisagens fascinantes, com imponentes edifícios de arquitectura medieval e também do pós-modernismo do século XXI e o encanto único de ser banhada pelas águas do mar Báltico e do lago Malaren. Aproveitámos para visitar o Palácio de Dottningholm e a Câmara Municipal, de arquitectura contemporânea do século XX, com as suas Sala Azul e Sala Dourada em estilo bizantino, com famosos mosaicos cobertos de ouro de 18 quilates, onde todos os anos se realizam no dia 10 de Dezembro o banquete e o baile de gala da entrega dos prémios Nobel. Visitámos também a cidade velha, Gamla Stan, com as suas ruelas de pedra, onde se encontra o Palácio Real, com 608 salões e o maior do mundo, a Catedral Storkyrkan, com 700 anos de história, e o famoso Ice Bar, com temperatura de –5ºC e onde provámos uma bebida. À noite tivemos um jantar a bordo de um cruzeiro nos canais de Estocolmo. No 10.º dia, visitámos o Museu Vasa, histórico e temático, com o navio de guerra sueco do início do século XVII, afundado quando deixava o porto na sua primeira viagem e posteriormente recuperado. Por fim visitámos Skansen, museu a céu aberto que inclui um jardim zoológico, situado na ilha de Djurgarden, fundado em 1891 por Artur Hazelius, para mostrar o modo de vida da Suécia nos últimos séculos. Como curiosidade, a Suécia é uma monarquia parlamentar, independente desde 1905, religião luterana, o rei actual é Carlos Gustavo XVI, com 450 295 km2 de superfície, 10 402 000 habitantes, salário mínimo de 1700 euros e a sua economia assenta na produção e exportação de máquinas e aparelhos, veículos e material de transporte, metais, produtos químicos e minerais. O seu PIB é de 550 mil milhões de USD que se compara com o da Noruega, 262 mil milhões de USD, e com o de Portugal, de 231 mil milhões de USD. Em suma, uma viagem muito agradável, cansativa, bem dirigida e bem conseguida e que se recomenda.
Por Carlos Galvão, 8-07-2022
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