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Encontro de reformados na Pérola do Atlântico
Descobrir o paraíso Português

Partimos do Aeroporto de Lisboa, com um atraso ligeiro de uma hora, que foi um teste à nossa calma e boa-disposição. À chegada ao Aeroporto do Funchal, já nos aguardava a guia local e o respectivo autocarro para darmos início à nossa aventura.

Partimos em direcção à Eira do Serrado, de onde se podem admirar belas paisagens, e um pouco abaixo o Curral das Freiras, que grande parte das pessoas pensa tratar-se de uma cratera de vulcão, mas não, senhor, a sua aparência deve-se, sim, à erosão. Aí vimos e provámos as primeiras castanhas assadas e a banana-maracujá. Depois chegou o já merecido almoço perto do Funchal.

Daí seguimos para o Suite Hotel Jardins da Ajuda, com o resto da tarde livre. Uns foram caminhar; outros, nadar na piscina exterior, que era magnífica, com uma temperatura de água de 29,7 ºC, e outros possivelmente repousar.

Depois do jantar, pudemos assistir a música ao vivo – tendo muitos aproveitado para dar o seu pezinho de dança – e ainda a um espectáculo de cabaré.

No segundo dia, lá fomos nós em direcção a Câmara de Lobos, onde pudemos ver o miradouro chamado Churchill, por ter sido o local onde sir Winston pintou as suas magníficas paisagens. Daí seguimos para o cabo Girão, local a que nem todos se atreveram a ir mesmo à ponta, pois o chão é de vidro, para se poder ver e admirar a arriba e o mar.

Seguiu-se a Ribeira Brava, cujo nome se deve exactamente à ribeira que lá corre, que é mesmo brava.

Depois parámos na Encumeada, onde bebemos e saboreámos a famosa poncha e a Nikita, qualquer uma delas, espectacular.

Passámos pela floresta laurissilva e descemos em direcção a São Vicente, para o almoço num restaurante sobre o mar, giratório, onde comemos o bom filete de espada preto.

Seguiram-se Véu de Noiva, Seixal e a famosa localidade de Porto Moniz, onde admirámos as piscinas naturais – houve quem molhasse o pé, e quem quis ainda visitou o aquário.

Ao terceiro dia, fomos para a Camacha, onde existe a Fábrica do Vime, na qual ainda vimos os artesãos a laborar, e também é o local do primeiro jogo de futebol que houve na Madeira. Seguiu-se o Poiso, assim chamado por ter uma casa de abrigo para os pastores, e o pico do Areeiro, onde ficámos acima das nuvens – 1818 metros de altitude.

Na descida parámos para fazer uma caminhada por uma levada, e, como é natural depois de tanto ver e andar, o almoço já nos esperava no Faial. Depois, Santana com as suas casas típicas, onde existem apenas 80 habitantes; mais à frente Porto da Cruz, onde visitámos a fábrica de rum, e por fim Machico, primeiro porto onde os descobridores entraram.

Para terminar este belo dia, esperava-nos um jantar tradicional, a chamada noite madeirense, onde comemos a famosa “espetada”, enquanto assistíamos à actuação de um rancho folclórico regional.

No quarto dia, manhã livre, onde quem quis pôde visitar a cidade do Funchal, sem perder o mercado dos Lavradores, famoso pelas suas cores, andar de teleférico, ver o Museu CR7, e muito mais. Até que chegou a hora de regressarmos.

Foi sem dúvida uma bela viagem, com tudo de bom, incluindo a guia, que foi espectacular, e o motorista, que fez uma condução excelente. Ninguém diria que andámos por estradas que nem sequer imaginávamos, de tão estreitas que eram e que obrigavam a mil e uma manobras.

Para o ano há mais, e que seja tão boa quanto esta. Ouvi dizer que o próximo encontro ia ser nos Açores!

Até lá.

Por Fátima Pereira, 4-11-2019




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