Cerca de cem, um bocadinho menos, tantos foram os associados que subiram à Casa do Alentejo pelas 20 horas e foram conversando e convivendo, velhos amigos que raramente se encontram, enquanto apreciavam um cocktail de boas vindas e uns salgadinhos, a criar conforto para o jantar que se avizinhava.
Subimos mais um pouco até ao salão onde decorreu o jantar e o espectáculo de burlesco que abordava, de forma inédita, o fado e a Lisboa boémia de 1900.
O concerto performativo da Tenda Burlesca, com miss Tea, o sisudo senhor Castanho e o ritmado Zé Barbas, foi contando ao jeito de “conversa de homens”, interrompida a espaços pelas intervenções musicais de miss Tea, as histórias e as desventuras de um mundo marginal participado por fadistas e marialvas, vagabundos e proxenetas, enquanto nos deliciávamos com um excelente jantar.
Foi uma noite que nos transportou a uma Lisboa que, não sendo desconhecida, também não é muito conhecida, apesar de alguma dificuldade com o som em alguns locais da sala.
Até à próxima.
Por Rui Simplício, 3-11-2019
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