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Viagem ao Egipto
Estimulante dos pontos de vista cultural e social
Viajar para o Egipto não é uma decisão fácil, dado que é um país do terceiro mundo, onde os nossos padrões de vida ocidentais vão ser frequentemente postos em causa e onde as temperaturas do ar são bastante elevadas. No entanto, visitar o Egipto é igualmente muito estimulante, dos pontos de vista quer cultural quer social.
Em termos culturais tem-se a oportunidade de ver como há mais de 4000 anos – em alguns casos – a civilização egípcia, alicerçada no culto dos seus faraós e de uma panóplia de deuses, permitiu a construção de túmulos e templos que nos deixam perplexos – mas encantados com as suas arquitectura, dimensão e decoração – e ainda hoje preservados pese embora a passagem de milénios com todos os incidentes por que passaram: guerras, terramotos, tempestades, vandalismo, etc.
Em termos sociais nesta viagem tivemos oportunidade de ver como um país com cerca de 120 milhões de habitantes, maioritariamente muçulmanos, e com um território desértico, onde apenas 4% da sua área é cultivável, tem de lutar diariamente pela sua sobrevivência e onde o turismo, como o que estávamos a fazer, tem um papel muito importante para a sua economia. Daí a profusão de vendedores de toda a espécie de quinquilharia, muitas vezes crianças, ser uma realidade incontornável que quem viaje para o Egipto tem de assumir como natural, pese o incómodo que muitas vezes causa aos visitantes, pois é o sustento de muitíssima gente.
Importa, contudo, assinalar o enorme esforço de desenvolvimento do país que está em curso, bem patente em grandes obras públicas – como, por exemplo, o investimento em vias de comunicação e nas “obras faraónicas” do projecto que visa o aproveitamento das águas do Nilo, no lago Nasser, para aumentar a irrigação e a área cultivável do país.
De igual modo, não pode deixar de se registar os dois novos museus do Cairo: o fabuloso Museu da Civilização Egípcia, inaugurado em 2021 e que, entre outros atractivos, alberga 22 múmias reais (incluindo a do faraó Ramsés II e a da rainha-faraó Hatshepsut) e o já parcialmente inaugurado Grande Museu Egípcio, o maior museu do mundo dedicado a uma única civilização, e que dista cerca de dois quilómetros das pirâmides de Gizé.
Os museus surpreendem não só pela sua arrojada arquitectura, mas também pela forma inédita da exposição das suas colecções, o que facilita o conhecimento que pretendem transmitir aos visitantes. A visita a estes museus, a par das pirâmides de Gizé, justifica por si só uma viagem ao Cairo.
Por isso considero que a viagem proposta pelo Grupo Desportivo do Banco BPI foi muito interessante e, mais do que isso, foi um verdadeiro sucesso.
Todos os aspectos referidos no programa foram cumpridos, sendo de salientar os seguintes: – A óptima escolha do guia Gamal, que nos acompanhou durante quase toda a viagem e que é indiscutivelmente um profissional de altíssimo nível, que fala um português perfeito, conhece as caraterísticas e a cultura dos portugueses (ele próprio viveu em Portugal e tem nacionalidade portuguesa), o que facilitou o diálogo e a compreensão das suas informações; – Os hotéis e o barco que nos transportou de Luxor até Assuão pelo rio Nilo (e onde passámos quatro noites) também foram escolhas que funcionaram bem e “quase” sem problemas; – As restantes viagens internas, quer de avião quer de camioneta, foram acompanhadas por profissionais competentes, pelo que nós (os viajantes) não tivemos qualquer problema; – O António Cardoso, representante do Grupo Desportivo do Banco BPI, que nos acompanhou durante toda a viagem, foi um apoio fundamental para a coesão do grupo e de forma muito calma e segura fez-nos sentir bem acompanhados. Portanto, e em jeito de conclusão, gostei imenso desta viagem e vou estar atenta a futuras propostas de viagens do Grupo Desportivo do Banco BPI.
Por Fernanda Abrunhosa, 31-10-2025
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