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Em S. Tomé a vida é devagar, devagarinho ou leve… leve…
Mais uma viagem, bem-sucedida, com 32 participantes
O Grupo Desportivo realizou mais uma viagem, bem-sucedida, desta vez a S. Tomé e Príncipe. O grupo, constituído por 32 participantes, teve a oportunidade de visitar quase toda a ilha, incluindo as mais importantes roças de café e cacau que, à excepção da Roça de S. João, propriedade de um conhecido cozinheiro africano, em S. João de Angolares, se encontram ao abandono e em total degradação.
A costa da ilha apresenta muitos recortes, com praias lindíssimas de areia dourada, em imensas baías, algumas delas quase fazendo ângulos de 360 graus. A água tépida e límpida de cor azul-turquesa, não deixou ninguém indiferente e todos quiseram desfrutar daquele “paraíso”.
A biodiversidade da vegetação apresenta um ambiente de rara beleza, manchada, contudo, pela extrema pobreza que afecta a esmagadora maioria da população residente. Para surpresa de muitos, pudemos ver imensas mulheres a lavar nos muitos rios que descem do centro da ilha, crianças e alguns adultos descalços, cães famintos, galinhas, porcos e cabras, que praticamente disputam o mesmo espaço. As estradas apresentam-se fortemente degradadas. Os poucos passeios existentes na capital, com duas baías encantadoras, apresentam-se partidos e cheios de buracos, tornando-se uma aventura caminhar sobre eles.
Como surpresa positiva, realçamos o elevado número de crianças, pois não existem no país normas para o controlo da natalidade, havendo imensas escolas primárias e secundárias, onde os muitos alunos destas últimas se apresentavam impecavelmente vestidos, com uniformes de camisa bege, com divisas de cores diferentes conforme o grau de ensino e calças ou saias de azul-marinho. Apesar das muitas dificuldades financeiras, soubemos que o Governo tem dado uma importância especial à educação.
Visitámos o Forte de S. Sebastião, hoje transformado em museu da cidade, o padrão evocativo da descoberta da ilha por Pêro Escobar e João de Santarém, em 1470, e outros importantes locais da ilha. Ao contrário de outros PALOP, S. Tomé não renegou a sua identidade e as suas origens, conservando os monumentos e os padrões coloniais. Em barcos a remos, fizemos uma pequena – mas muito agradável – incursão na floresta virgem, tendo oportunidade de observar alguns macacos no seu habitat natural.
O penúltimo dia foi passado no paradisíaco ilhéu das Rolas, localizado a sul da ilha e precisamente no centro do mundo. Aqui visitámos o padrão, da era colonial, evocando a linha imaginária, ou seja, o Equador, que divide o planeta em dois hemisférios – o norte e o sul. Foi possível e encantador tirar fotografias com os pés assentes em cada um dos hemisférios.
Os elementos do Grupo Desportivo responsáveis pela viagem estão de parabéns pelo êxito de mais este evento, do agrado de todos os participantes.
Por Marta Rente, 2-11-2018
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