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Crónica da viagem aos Balcãs
Bem cedinho no aeroporto da Portela
A viagem começou pelo local certo: saímos de Lisboa e chegámos a Belgrado à hora de almoço. A acompanhar-nos, uma guia local com um espanhol impecável, com um grande sentido patriótico.
As visitas foram de certo modo influenciadas pelo esplendor do passado, e talvez a mais interessante tenha sido a do maior templo ortodoxo da Europa, recentemente recuperado, com belos ícones, imponentes lustres esplendorosos e interiores cobertos a folha de ouro. Ainda em Belgrado assistimos durante o jantar a um interessante espectáculo de folclore.
Pela sua situação geográfica, foram, durante séculos, invadidos e dominados por Romanos, Otomanos, Austríacos, Gregos e Eslavos, e por isso encontramos aqui lado a lado igrejas ortodoxas, sinagogas, templos católicos e templos islâmicos.
Ainda na Sérvia, visitámos as cidades de Sremski Karlovic e Novi Sad, esta localizada nas margens do Danúbio, e pernoitámos em Banja Luka.
Seguimos daqui para Sarajevo, já na Bósnia-Herzgovina, onde almoçámos num restaurante junto ao rio, e em seguida fomos visitar o Túnel da Esperança, com 800 metros, construído em apenas 4 meses e por onde passavam mantimentos básicos, armas e combustível, durante o conflito que assolou a região. Por vários jardins espalhados pela cidade vêem-se milhares de túmulos, e apesar de estar toda reconstruída ainda há algumas ruínas no centro, intencionalmente preservadas para memória futura.
Continuámos depois para Mostar, cidade fundada pelos Turcos, ponto de encontro das culturas ocidental e oriental, classificada como Património Mundial da Unesco, destacando-se a ponte velha sobre o rio Nerevta, que une duas torres medievais. Encontramos nesta ponte os mergulhadores da Cliff Diving da Red Bull, que se preparavam para dar mais um espetáculo de saltos para o rio.
Saímos da Sérvia para Trebinge, no Montenegro, onde almoçámos junto a uma bela praça com plátanos centenários. Continuámos para Cetinge, com visita da cidade e do Museu do Rei Nicolau I. Seguimos viagem para Budva, cidade costeira capital do turismo montenegrino, com uma intensa vida nocturna, com belas praias, e continuámos para Kotor, também património mundial, localizada na base da montanha com muralhas e fortificações muito bem conservadas. Visitámos a Cidade Velha e almoçámos aí num restaurante.
Prosseguimos para Dubrovnik para o hotel localizado num jardim em frente ao mar Adriático, onde ficámos por duas noites. Visitámos a Cidade Velha, o Mosteiro Franciscano, com a farmácia mais antiga da Europa, a Catedral e o Palácio do Reitor. À noite jantámos em restaurante fora de Dubrovnik, com música e danças folclóricas, com a participação de elementos do grupo que tiveram a oportunidade de demonstrar as suas habilidades de dançarinos.
Foram dias de óptimo convívio entre todos; ficámos instalados em bons hotéis, o percurso da viagem foi bem escolhido, com bons guias locais, e no final da viagem poder-se-ia ter ficado pelo menos mais 2 ou 3 dias na Croácia em Dubrovnik, onde o hotel bem localizado na margem do mar Adriático permitiu que nos banhássemos nas suas cálidas e transparentes águas. Foi pena não podermos. Tenho de referir que todas (e já são algumas) as viagens organizadas pelo Grupo Desportivo têm sido óptimas.
Por Maria Valério, 2-11-2018
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