| Campeã nacional 17 vezes em 5 disciplinas distintas, participação em 2 campeonatos do mundo, 9 da Europa, 4 taças do mundo, entre dezenas de outras provas internacionais. Prémio Stromp 2008 de melhor atleta do ano pelo Sporting Clube de Portugal. É este o palmarés de Sofia Santos enquanto atiradora. 
 Porque é sócia do Grupo Desportivo, por tudo aquilo que acabámos de escrever, e por um sem-número de outras razões, entendemos que seria interessante partilhar com os sócios algo mais sobre a forma de pensar e de agir de Sofia Santos.
 
 Depois desta conversa, vamos certamente ficar a conhecê-la um pouco melhor.
 
 GD: Como é que se começa a praticar uma modalidade tão invulgar, em Portugal?
 É uma boa pergunta porque de facto no tiro encontram-se com mais frequência familiares de atiradores ou mesmo militares, o que não é o meu caso. No Verão de 1999 estava de férias na região Oeste, e numa festa popular, desafiada por amigos, experimentei fazer tiro. A minha aptidão revelou-se acima da média, e um atirador federado presente convidou-me para ir a um clube experimentar a modalidade.
 
 GD:  Como é que se parte de uma festa popular e se chega até ao campeonato do mundo?
 O tiro exige trabalho e muita persistência, e só quem sabe esperar, quem treina, quem acredita, quem sabe cair e levantar-se é que consegue chegar ao topo. É um desporto que requer paciência, horas de treino técnico, horas de treino físico e também preparação psicológica. É um desporto de detalhes. Durante muitos anos treinei 3 a 4 vezes por semana, além das provas ao fim de semana. A minha primeira internacionalização ocorreu só em 2006 e o 1.º campeonato do mundo veio só em 2010.
 
 GD: Qual a sua maior conquista na modalidade?
 O tiro já me deu muitas alegrias, muitas medalhas, alguns amigos. Já competi ao lado de campeões olímpicos, mas atrevo-me a revelar que uma das maiores conquistas veio antes sequer de sonhar ser uma atleta internacional. Em 2001, quando fui entrevistada para a Direção Financeira do Banco, a prática do tiro no meu currículo transmitiu a ideia de que eu tinha condição de controlar as emoções em momentos de maior stress, que tanto se vivem na actividade de trading, para a qual acabei por ser recrutada. Posso, portanto, dizer que a maior conquista que o tiro já me deu foi a possibilidade de trabalhar numa área que ainda hoje me apaixona: os mercados financeiros.
 
 GD: Para quando os Jogos Olímpicos?
 É certamente o sonho de qualquer desportista. No caso do tiro, para obter um lugar nos Jogos Olímpicos seria necessário posicionar-me nos quatro primeiros lugares de uma competição internacional de relevo nos dois anos que antecedem os Jogos. Habitualmente esses lugares são conquistados por atletas profissionais, que treinam o mesmo número de horas que eu trabalho diariamente no Banco. É difícil superá-los.
 
 GD: Quem é o seu ídolo?
 Não tenho ídolos. Apenas sigo os bons exemplos.
 
 GD: O que queria ser quando era pequena?
 Arqueóloga subaquática
 
 GD: O que quer ser quando for velhinha?
 Activa
 
 GD: Qual a sua viagem de sonho?
 De mochila às costas.
 
 GD: O que lamenta?
 Só o que não fiz.
 
 GD:  Do que gosta muito?
 De viver.
 
 GD: O que detesta?
 Injustiças
 
 GD: A sorte somos nós que a fazemos?
 Um terço de trabalho, um terço de pensamento positivo e um terço é sorte mesmo.
 
 GD: Quem é o seu escritor de eleição?
 Isabel Allende
 
 GD: Qual o seu prato favorito?
 Lasanha
 
 GD: O que trás a idade?
 Experiência e responsabilidade
 
 GD: Na vida qual é a regra do jogo?
 Vencer
 
 GD: Primavera ou Verão?
 Primavera
 
 GD: Sprint ou maratona?
 Maratona
 
 GD: Tóquio ou Nova Iorque?
 Tóquio
 
 GD: Filme ou livro?
 Livro
 
 GD: Praia ou campo?
 Praia
 
 GD: Comédia ou drama?
 Drama
 
 GD: Romance ou ficção científica?
 Romance
 
 GD: Limonada ou caipirinha?
 Caipirinha
 
 GD: Grupo Desportivo?
 Dinâmico
 
 Por Rui Duque, 2-11-2018
 
 
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