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Rosária Marques - A entrevista
«Momentos» no Centro Cultural do Bom Sucesso
O sucesso alcançado e a necessidade de se desafiar a si própria, fizeram que, pouco tempo depois, tenha decidido aceitar o convite do BPI para integrar os seus quadros. Gosta de utilizar o avião quando viaja, mas também gosta de se sentir com os pés bem assentes na terra. Talvez por isso tenha desenvolvido um gosto particular em fazer caminhadas.
Algumas com o Grupo Desportivo… e porque ao longo delas vamos tendo oportunidade de desenvolver conversas interessantes, tivemos conhecimento do gosto pela pintura que a Rosária tem.
Recentemente, com o patrocínio da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, fez a sua 1.ª Exposição. Aconteceu no Centro Cultural do Bom Sucesso e a Rosário resolveu chamar-lhe «Momentos».
Foi exatamente isso que reclamámos para nós: alguns momentos com a Rosária, para que dessa forma todos fiquemos a saber um pouco mais sobre si.
GD: De que gosta muito? RE: Pintar, viajar, amigos, ler e caminhadas. GD: O que detesta? RE: Trânsito, confusão e pessoas conflituosas. GD: Vê o avançar da idade como um passo a mais ou um passo a menos? RE: Um passo a mais, sem dúvida. A vida, entre muitas outras coisas, oferece-nos mais conhecimento, mais experiência e sobretudo mais serenidade a lidar com as coisas. GD: Quando descobriu que tinha talento? RE: Desde muito miúda, que gosto de pintar. Os meus brinquedos preferidos sempre foram os lápis e as canetas. Conseguia passar horas a criar e a preencher folhas de papel. GD: O propósito da sua arte é servir os outros ou servir a arte? RE: Eu diria que, em absoluto, nenhum deles. É mais o servir-me a mim. Na realidade, eu sinto um enorme prazer a fazer aquilo que faço. Mas não vou negar que me dá uma enorme satisfação quando sinto que consigo passar uma mensagem através da tela. GD: Quem é o seu pintor de eleição? Salvador Dalí, Munch e Marc Chagall são 3 nomes que me dizem muito. GD: O que é que a pintura lhe oferece? RE: Abstração total e meditação profunda. Quando pinto, consigo criar à minha volta uma cápsula que me permite algo tão maravilhoso como abstração total, numas vezes, e meditação, noutras. GD: Quem é o seu ídolo? RE: Não vou particularizar. Prefiro referir pessoas com bons valores e princípios, que são exemplos de vida. No fundo, ídolo ou ídolos são todas as pessoas que, ao longo do seu percurso, nos dão exemplos de generosidade através da sua filosofia de vida, através da sua dedicação a uma ou várias causas. GD: A sorte somos nós que a fazemos? RE: Também… Mas com alguma frequência percebemos que estar no lugar certo na hora exacta pode fazer toda a diferença. GD: Picasso disse em tempos: «A inspiração quando chega encontra-me sempre a trabalhar.» Também lhe acontece isso, ou só se aproxima da tela quando se sente inspirada? RE: Hahahahaha. Interessante essa pergunta. Sim, também a mim me encontra muitas vezes a trabalhar; mas nem sempre com uma tela à frente. Em boa verdade, antes de iniciar uma obra há todo um processo criativo. Depois, é uma questão de disponibilidade e de oportunidade. GD: Na vida qual é a regra do jogo? RE: Não faças aos outros aquilo que não gostavas que te fizessem a ti. GD: Come as 12 passas no 31 de Dezembro? RE: Sempre. Neste ano, até escrevi num pedaço de papel alguns dos desejos e objectivos para 2018. GD: Quer partilhar algum deles com os nossos leitores? RE: Sim, sem problema. Um deles e que até já aconteceu; a minha primeira exposição. Foi uma realidade, correu muito bem. e no final senti-me orgulhosa. E isso, garanto-lhe, é uma sensação fantástica. GD: Como cuida da sua jóia rara? RE: Ofereço-lhe o meu tempo. Tempo é das coisas mais preciosas que podemos oferecer a alguém. Já reparou em que o tempo que passou é algo que nunca mais conseguimos recuperar na vida? Podemos perder dinheiro num dia e ganhar no dia seguinte. Podemos perder um emprego e conseguir outro, podemos perder um cliente e certamente no dia seguinte vamos encontrar dois ou três que querem trabalhar com o Banco, mas tempo…. Esse não recuperamos mais. GD: Se lhe derem uma caixa de limões o que faz: limonada ou caipirinha? RE: Ambas GD: Está zangada com alguém? RE: Não. Embora tenha pessoas de quem gosto muito, e outras de que nem por isso. GD: Quem punha na prisão? RE: Não lhe vou indicar um nome, embora corrupção e pedofilia sejam dois temas que me repugnam e que a sociedade, de maneira geral, condena. GD: Quem a faz sentir especial? RE: Os meus pais, os meus filhos – a família de maneira geral… não esquecendo – claro! – alguns amigos especiais. GD: Há alguém a quem gostasse de pedir desculpa? RE: Sim. A vida é assim. Estamos sempre a evoluir, e se voltasse atrás provavelmente faria algumas coisas de forma diferente. GD: Qual é a sua melhor qualidade? RE: Persistência. GD: Qual foi a coisa mais bonita que a sua filha já lhe disse? RE: Por vezes as coisas mais simples são as mais importantes. Um inesperado «mãe, gosto muito de ti» pode trazer consigo um significado enorme. Escolho essa frase. GD: O livro da vida? RE: Sete Anos no Tibete. GD: O filme mais, mais, mais…? RE: Nunca é Tarde de mais e Amigos Improváveis foram dois filmes que adorei. GD: É mais de olhar para a árvore ou para a floresta? RE: Para a floresta, claramente. GD: Acredita no destino ou apenas na capacidade de mudar? RE: Em ambas. Não tenhamos dúvida de que o local onde nascemos pode condicionar a nossa vida; mas também acredito em que, com força, perseverança, coragem e determinação, todos temos a capacidade de mudar e moldar a nossa existência. Acredito no destino, na sorte e na capacidade de mudar. Mas há um princípio que para mim funciona como regra: quando queremos muito, conseguimos. Se acreditarmos nisto e praticarmos, as coisas tendem a acontecer. GD: Tem saudades de quê? RE: Do meu tempo de estudante. Dos meus 20 anos GD: E agora, próximo objetivo? RE: Assim de repente, lembro-me de três: viajar, viajar e viajar. Agora a sério, o meu próximo grande objectivo é conseguir ter tempo para fazer aquilo de que realmente gosto. GD: Como é que gostava de ser recordada pelos seus colegas do Banco? RE: Como alguém honesto e confiável, acima de tudo. GD: O que queria ser quando era menina? RE: Arquitecta. GD: O que quer ser quando for velhinha? RE: Feliz.
30. Responde – com uma palavra apenas. GD: Teatro ou cinema? RE: Cinema GD: Praia ou campo? RE: Campo GD: Primavera ou Verão? RE: Primavera GD: Beijo ou abraço? RE: Abraço GD: Manhã ou tarde? RE: Manhã GD: 25 de Abril RE: Liberdade GD: Benfica RE: Futebol GD: Alojamento local RE: Possibilidade GD: Esternocleidomastoideo RE: Cinema português GD: Grupo Desportivo RE: Associativismo
Por Rui Duque, 5-05-2018
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