Em Évora salta-se pela fresca. Foi o que disse a todos os participantes no salto Tandem que se realizou à entrada do Outono. Na noite anterior comam pouco, comidas leves, e durmam as 8 horinhas de sono que a lei manda.
Assim fizeram e assim lá estiveram os paraquedistas, no Aeródromo de Évora, às 9 da manhã.
O dia prometia ser bom, plácido e ameno. O vento deu folga às bandeiras mas havia um nervosinho no ar...
Alguns já tinham saltado, a maioria nunca tinha saltado mais alto do que de um banco de cozinha. Mesmo assim a intrepidez destes bravos participantes levou-os até ao fim, a 4.200 metros de altitude.
Homens, mulheres, mais novos e mais velhos, mais pesados e mais leves, todos puderam desfrutar da experiência de sentir o corpo a cair a 250 Km/hora durante cerca de 45 segundos até áquele impacto seco e estrondoso de um paraquedas a abrir.
E aí tudo fica mais calmo e podemos contemplar um Alentejo, que poucos vêem desssa forma, mas que é como se descreve, plano, mesclado e rendilhado pelas culturas agrícolas, vinhas e alguns sobreiros aqui e ali.
Cada um deles chegava cá abaixo com um sorriso nos lábios e com aquela espontaneidade da criança que andou na montanha-russa pela primeira vez, se pudesse voltava lá acima já a seguir!
Mas não podiam porque logo depois seguiu-se um almoço tipicamente alentejano, no Moinho do Cú Torto, restaurante alentejano onde provamos o melhor da cozinha alentejana, com pão de forno de lenha, migas, sopa de cação e sopa de tomate com ovo escalfado entre outras iguarias, para forrar um estômago encolhido nas alturas.
Por Pedro Ferreira, 7-10-2015
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