O termo «azulejo» designa uma peça de cerâmica de pouca espessura, geralmente quadrada, em que uma das faces é vidrada, resultado da cozedura de um revestimento em regra denominado esmalte, que se torna impermeável e brilhante.
A face vidrada do azulejo pode ser monocromática ou policromática, lisa ou em relevo. É geralmente usado em grande número como elemento associado à arquitectura em revestimento de superfícies interiores ou exteriores, ou como elemento decorativo isolado.
Com diferentes características entre si, este material tornou-se um elemento de construção divulgado em diferentes países, assumindo-se em Portugal como um importante suporte para a expressão artística nacional ao longo de mais de cinco séculos, onde o azulejo se transcende para algo mais do que um simples elemento decorativo de pouco valor intrínseco.
Este material convencional é usado pelo seu baixo custo, pelas suas fortes possibilidades de qualificar esteticamente um edifício de modo prático. De forte sentido cenográfico descritivo e monumental, o azulejo é considerado hoje uma das produções mais originais da cultura portuguesa, onde se dão a conhecer, como num extenso livro ilustrado de grande riqueza cromática, não só a história, mas também a mentalidade e o gosto de cada época.
Por Pilar Batoréu, 22-02-2014
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