Sesimbra… terra de pescadores e de bom peixe, com um porto de abrigo activo muito antes do sol nascer, de ver gentes movimentando-se de um lado para o outro, de ver embarcações a partir e a chegar, de ouvir as novidades de quem vem e as ansiedades de quem vai.
Foi precisamente o porto de abrigo, o lugar marcado para nos reunir e isso aconteceu muito antes da hora estipulada, o que demonstrou que todos ansiávamos por mergulhar.
Os cinco aventureiros que compareceram à chamada : Daniel Barata, muito entusiasmado por voltar a mergulhar, Nuno Dominguez, frequente mergulhador que não perde oportunidade, Sérgio Candeias, mergulhador experiente à espera de ser surpreendido pelo mar que não conhecia, Carla Siopa, para quem mergulhar faz parte da vida e finalmente, Rafael Franco, o projecto de mergulhador e o baptismo desta saída.
Chegada a hora, iniciámos os preparativos do mergulho, aprontámos os equipamentos, vestimos os fatos, carregámos o material para a embarcação e lá fomos nós…
Iniciámos a descida bem perto da costa, descemos a 11 metros de profundidade, e chegados ao fundo ficámos deslumbrados pela beleza que observávamos, um jardim marinho cheio de cores, repleto de plantas e de uma agitada vida animal.
Ao nadarmos por esse jardim deparámo-nos com variadíssimas espécies de peixes que se alimentavam dos sedimentos que se elevavam com a nossa presença, uns grandes outros pequenos, uns com riscas outros com pintas, de cores, amarelo, laranja, azul, prata e até com ausência de cor.
A certa altura, o nosso experiente guia apanhou um ouriço-do-mar de cor azul, de tamanho idêntico ao de uma bola de andebol, abriu-o e libertou o seu interior para os peixes comerem, e foi muito gratificante ver a proximidade dos peixes ao nosso redor.
Nadados mais alguns metros, encontrámos um polvo de considerável tamanho, que o nosso guia agilmente capturou para brincar um pouco e visualizar a sua famosa mancha de tinta.
No areal, procurámos raias mas não as encontrámos, contudo ficámos surpreendidos quando o guia nos mostrou um embrião de raia, a prova evidente que elas existem.
Com tanto para ver nem demos pelo tempo passar e foi com tristeza que recebemos a comunicação de que o mergulho tinha terminado e era hora de emergir. Chegados à superfície os nossos sorrisos de satisfação não passaram despercebidos e o estado de espírito geral era: “valeu muito a pena”.
Gostámos tanto que vamos voltar e já estamos a preparar a próxima saída, para o próximo dia 28 de Julho, não deixe passar.
Por Rafael Franco, 06-07-2012
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