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São Martinho no Douro
Palácio de Mateus, Quinta da Pacheca e S. Leonardo da Galafura

Palácio de Mateus
A entrada para o palácio começa com um fascinante “espelho de água”, da autoria de Gonçalo Ribeiro Teles, majorando a edificação de si já imponente e onde, como que adormecida, uma escultura de João Cutileiro sobressai.

Mandado construir por António José Álvares Botelho Mourão, 3.º morgado de Mateus, e tratando-se de uma obra atribuída a Nicolau Nasoni, “mestre” em construções de características barrocas (e rococó) só podia ser impressionante e, para quem nunca o tinha visto “ao vivo e a cores”, deslumbrar.

A Casa de Mateus, também assim conhecida, não é só o palácio, mas também a capela e os jardins, sendo que estes, de execução muito mais moderna, acompanharam, no entanto, o estilo da época da casa.

Dividido o grupo entre os que privilegiavam (ou ainda não conheciam) o palácio e os que preferiam aproveitar o ar livre (jardins), iniciou-se, no palácio, o circuito das diversas divisões que integram a casa (a visitável, claro), cujo nome faz adivinhar o seu conteúdo e a sua serventia, como o Salão de Entrada, do Tijolo, Biblioteca, e as Salas da Loiça Azul, de Jantar, Rica, de Arte Sacra, dos Paramentos, entre outras, onde estão expostas pinturas, artefactos religiosos, cerâmica chinesa, mobiliário, livros diversos com destaque para uma cópia de Os Lusíadas, etc., e nos jardins, Túnel de Cedros, Jardins de Buxo, Jardim de Água e Pomar de Recreio, com cedros, cameleiras e outras flores de diversas espécies num panorama rico e variado – a natureza concertada com a sofisticação do edificado.

Quinta da Pacheca
Tratando-se também, para além da produção de vinhos, de um complexo turístico (enoturismo), na aproximação eram visíveis instalações que a tornaram única, com alguma da sua oferta hoteleira em apartamentos em forma de barril.

Como se refere em cima, a quinta, com 75 hectares de vinhas, continua a dedicar-se à produção e à elaboração de vinhos, de mesa e do Porto, e de azeite, e, ultimamente, assumiu projectos na área do turismo e do enoturismo.

Já com guia local, ficámos a saber que a quinta deve o seu nome (feminino do sobrenome) a D.ª Mariana Pacheco Pereira, que, sozinha, fazia a gestão da propriedade – isto em meados do séc. XVIII.

E com as explicações claras fomos escutando, observando, numa pequena volta junto às vinhas circundantes ao complexo edificado, a paisagem de castanhos e alguns ainda verdes-dourados da parra sobrante pós-vindima. Junto aos tanques de pedra fomos presenteados com uns aperitivos e um cálice de vinho do Porto, para aquecer… a alma porque o tempo continuava muito agradável, o que muito nos confortou.

Apreciámos os tanques de pedra, onde já se fez, e continua a fazer, vinho de mesa e do Porto. À entrada está exposta uma “marca Pombalina”, de pedra granítica, que servia à delimitação da mais antiga Região Demarcada do Mundo.

Neste espaço quase se cumpria o S. Martinho. Só não se cumpriu integralmente porque o vinho do Porto não é bem o que o adágio refere. Mas ficamos muito perto.

Após esta visita acompanhada passamos para a sala onde almoçámos, “decorada” com barris e outros adereços próprios de uma adega, no mínimo uma casa onde o vinho é o actor principal.

O almoço foi excelente, um pouco pesado até, pela abundância, mas havendo música a acompanhar também se ensaiaram uns passos de dança, presumindo que o equilíbrio terá sido conseguido.

Terminado o almoço-convívio iniciou-se a deslocação para alojamento, no Peso da Régua, e em hora combinada o jantar, também ele excelente.

S. Leonardo da Galafura
O domingo presenteia-nos com uma claridade tímida, mas tranquila, sem o brilho da véspera. Após um período de “passeio” pela cidade, tomamos a rota à procura de sol e da «… proa de um navio de penedos…» como disse Miguel Torga. Estávamos nas terras de Torga, lembrado aqui e ali com passagens dos seus poemas.

Aqui chegados, e com o sol aberto, deparámo-nos com uma paisagem serrana com os vales escondidos por uma manta de algodão e de que, muito lentamente, se foram livrando, adivinhando uma paisagem soberba, mas parcialmente adiada para outra ocasião.

O almoço veio a seguir, mantendo a qualidade das refeições do dia anterior.

Após a foto de grupo, rumámos ao Porto.

Por Balbina Taborda, 10-02-2023




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